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A Ciência tem Limites?(Parte I) |
A Ciência tem Limites? (Parte I) Nos dias 25 e 26 do passado mês, este assunto esteve em debate numa conferência internacional no auditório principal da Fundação Calouste Gulbenkian, que contou com a participação de vários conferencistas de renome mundial tais como George Steiner, John Horgan, Lewis Wolpert, entre outros, abarcando as mais diversas áreas das ciências e humanidades. João Caraça, director do serviço de ciência da Gulbenkian, definiu as “duas grandes linhas de força do debate”: por um lado, chamar a atenção do público para o facto da ciência ser uma parte integrante da cultura, devendo ser discutida pelos cidadãos e, por outro, perceber que o futuro depende do que for a qualidade da ciência e da investigação científica que se vai fazer. Numa entrevista concedida à Agência Lusa, em 21 de Outubro do corrente ano, à questão, “Mas a ciência tem ou não limites?”, João Caraça respondeu que “tudo depende de como olharmos.” Se considerarmos a ciência como um domínio do conhecimento, então tratar-se-á de uma actividade que se dedica ao estudo dos fenómenos da natureza e das suas interacções.” Ora, sendo o universo potencialmente infinito, também o processo de o apreendermos será potencialmente ilimitado. Neste sentido, o progresso da ciência não conhecerá limites. Em geral, à pergunta se a ciência está perto do fim, como já aconteceu com muitas outras coisas e como, atavicamente, a pergunta tende a colocar-se sempre que a humanidade enfrenta períodos de indefinição e estagnação, os cientistas responderão que não. Contudo pode-se encarar a seguinte questão: o conhecimento sobre a natureza é transmitido através de linguagens especializadas, que têm de descrever os objectos adequadamente, caso contrário, há um constrangimento – “A realidade acaba por não estar a ser bem descrita e não será possível entender como funciona.” Por outro lado, a especialização crescente acarreta uma progressiva fragmentação das disciplinas científicas e um distanciamento cada vez maior em relação aos outros domínios do conhecimento. Neste caso, detectamos limites que corresponderão às “fronteiras cognitivas” dos outros domínios, isto é, a incomunicabilidade entre domínios distintos do conhecimento, que será tanto mais inultrapassável quanto mais “proscrito” for o esforço para essa comunicação. A limitação à actividade científica pode também ser exercida por factores externos. A ciência faz-se em instituições e empresas e “se não houver condições para trabalhar, a qualidade da investigação ressente-se.” Este tipo de barreiras, resultantes da percepção sobre o valor da ciência para as economias e as sociedades, é actualmente uma das mais fortes condicionantes das possibilidades de adaptação e de ajustamento das comunidades científicas.
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