Já que não podemos ler tantos livros quantos os que podemos ter, basta que tenhamos tantos quantos possamos ler. Séneca
Nós não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.
José Almada Negreiros
O tempo para ler, assim como o tempo para amar, aumenta o tempo de viver. Daniel Pennac
A honestidade foi e será sempre a arma decididamente mais forte para todas as lutas da humanidade que vive e progride. Enrico Fermi
Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo. Galileu Galilei
A despeito dos avisos e da urgência posta nas palavras, o
fórum de 2009 produziu fracos resultados. Para Fernando Campos, vice-presidente
da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), “desde o fórum do
México (2006) até este, a evolução foi muito pouco significativa, grande parte
das conclusões acabam por não ter qualquer consequência.” Num tom ainda mais
cáustico, F. Campos acrescenta que as metas para o desenvolvimento traçadas
pela ONU para 2015 (mais conhecidas por “Objectivos do Milénio”),
“estão vergonhosamente por cumprir.”
Outros observadores, chegam mesmo a pôr em causa a “bondade”
destas iniciativas, pois que na realidade o que está a acontecer é a disputa
por um negócio colossal que envolve biliões de euros. Segundo estes, o que está
verdadeiramente em causa é o problema de se saber até que ponto a gestão da
água pode ser confiada exclusivamente a entidades privadas. Ora, esperava-se
que a resposta viesse do “Pacto de Istambul sobre a Água”, em que os países
deveriam reconhecer juridicamente o acesso à água como um direito humano
fundamental, na linha do que já se havia delineado na Carta de
Saragoça,subscrita em 2008. Mas esse esclarecimento não foi feito,
pelo contrário, à parte algumas recomendações muito vagas e consensuais, o que
parece ter saído reforçada foi a vertente comercial de um bem único e
insubstituível.
Realizada em Istambul, a quinta edição do Fórum Mundial da Água teve metas
nobres, mas não foi isenta de críticas: Entre as mais contundentes estão
aquelas que acusam os organizadores de servir apenas interesses privados e não
tanto o interesse das populações. A América Latina é uma das regiões do globo em que este problema é já real.